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Acho que tudo que eu tenho lido de alguém da nossa geração ultimamente tem sido algo nesse sentido. Parece que para nós os anos 2000 foram a década onde o futuro seria brilhante, como você mesmo disse no texto. Aí chegam os anos 2010, e vemos que nem tudo é tão incrível, mas ainda era válido lutar por algo melhor, gritar "fora Temer" e tudo. Parece que agora na década de 20, o que sobrou foi pura e simples melancolia. Espero apenas que isso não nos amargure muito, não gostaria de chegar aos 60 sem reconhecer a pessoa que foi aos 20, 30 anos. Se antes a esperança era de um futuro melhor para todos, hoje a melhor expectativa que tenho é não me perder na estrada do desalento.

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Pois é, fico tentando encontrar pequenas coisas que me fazem acreditar que o futuro pode ser ok, mas anda ficando cada vez mais difícil. E aí a sensação de fracasso/impotência pega forte.

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Eu super te entendo, Taize. Tem horas que me acho pessimista, outras realista, outras domesticada ao capitalismo. Mas eu tenho uns mecanismos para não ser engolida pela desilusão e tem dado certo. Um compromisso comigo mesma...

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Como diria a letra de I dreamed a dream, do filme Os Miseráveis:

"Mas os tigres vêm à noite

Com suas vozes suaves como trovão

Enquanto eles despedaçam sua esperança

Enquanto eles transformam seu sonho em algo vergonhoso

(...)

Agora a vida assassinou o sonho que eu sonhei".

Eu sou muito desiludida com a vida. É um jeito muito difícil de viver.

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Olá Taize, boa tarde. Esse texto foi é bem interessante e me fez recordar de uma época em que eu também pensava que as coisas poderiam melhorar. Sou um pouco mais velho que você, mas fiz parte do movimento Straight Edge de São Paulo, entre 1997 até 2003, acho, e acreditava que poderia fazer a diferença sendo politicamente consciente, vegetariano, entre outro. O mundo deu um giro macabro e, agora, com 43 anos, não sei mais como pensar e/ou acreditar num mundo melhor. É foda. E olha, que o Bozo saiu do poder e, mesmo assim, está muito difícil sentir no dia-a-dia a Esperança que foi tão importante na nossa última eleição. Enfim, Como imaginar as coisas melhores? Não sei. É um dia de cada vez, tentando potencializar ao máximo o que nos faz bem. Talvez, Belchior estivesse mais certo do que poderíamos imaginar: "Vida, pisa devagar, meu coração, cuidado, é frágil"... acho que é isso. Pedir para a vida pisar muito devagar em nós...

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Que texto necessário! Sou do tipo de pessoa que tenta se apegar a beleza das coisas simples para tentar segurar as pontas, mas estou o tempo todo me perguntando se isso é estratégia de sobrevivência ou só domesticalização capitalista. Parece não ter escapatória, e isso é o que mais machuca. Mas é quando encontro outras pessoas que compartilham da mesma sensação que me sinto menos só e menos impotente. É importante demais trazermos mais sobre essas desilusões e nos fortalecermos em coletivo. Obrigada por esse texto 😊

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Fiquei impactada pela frase do livro com a que você abre o texto... Preciso ler "Aos Meus Amigos" agora

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Tá foda, cara! E bem na nossa vez! Pelo menos a infância nos anos 80 e 90 foram legais... Nunca imaginaríamos que a maturidade seria such a merda!

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eu acho que é próprio dos jovens idealizar um futuro e quebrar a cara na vida adulta, independentemente da geração a que pertencem. deve ter acontecido com nossos avós, com nossos pais e agora é a nossa vez…

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Poxa taize, eu tenho 25 anos (daqui 1 mês faço 26) e eu tenho essa mesma visão de mundo que você relata no texto... Não vejo uma perspectiva meramente positiva do futuro... Acho que daqui pra frente, só piora mesmo e é isso... Temos que continuar sobrevivendo né... Porque cá entre nós: não tem como um trabalhador viver bem nesse capitalismo tardio e fudido que a gente se encontra atualmente...

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Retrato da nossa geração aqui

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obrigado. sempre.

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Que texto necessário. Me vi em cada palavra. "E agora não sei o que querer, porque para o mundo ideal se concretizar, teríamos que começar do zero. ". É isso.

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❤️❤️❤️

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Esse livro da Adelaide virou uma minissérie da Globo, né? Não li o livro, mas assisti a minissérie e é praticamente a mesma história.

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Siiiiim! O roteiro foi da própria Maria Adelaide (mas tem várias coisas diferentes do livro)

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Que legal!!! Vou lê-lo ❤️

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