Vitrine Vagabunda #3
Enrolei para mandar o compilado de lançamentos das últimas semanas. Preguiça, né? Às vezes ela ataca com tudo.
Por isso o Vitrine de hoje vai ser mais parrudo, com mais livros, pra dar conta de mostrar o que chegou aqui em casa. Bora?
Mas antes de começar, quero lembrar que o Vitrine é um conteúdo exclusivo para os apoiadores do Vagabunda. É só assinar por apenas R$10 por mês, que além do compilado de lançamentos, também dá acesso ao podcast mensal para me ouvir reclamando do mundo.
Orbital, de Samantha Harvey (DBA, trad. de Adriano Scandolara)


Já falei sobre esse livro na edição passada, mas preciso colocar ele aqui porque é uma das melhores novidades nas livrarias. No romance, Samantha Harvey explora a mente de seis astronautas que vivem e trabalham na Estação Espacial Internacional. Há meses trancados nessa latinha de metal que cruza a órbita terrestre a cada 90 minutos, as personagens pensam na vida que deixaram para trás ao embarcar num foguete, as reflexões sobre o mundo que enxergam lá de cima, uma certa inveja, até, por outro grupo de astronautas que está indo em direção à Lua. É aquele tipo de leitura contemplativa em que pouca coisa acontece, mas isso porque a ação toda está dentro da cabeça de cada um. É um livro belíssimo, só vai. Aliás, ganhou o The Booker Prize de 2024.
Leia mais sobre Orbital aqui:
sou meio vagabunda, mas sou boa pessoa #182
Minhas duas últimas leituras se conectaram sem eu planejar isso. Ou o meu inconsciente estava tentando me dar um sinal, sei lá. Mas li Beautiful Star, do Yuikio Mishima, e Orbital, da Samantha Harvey (trad. de Adriano Scandolara) como se um fosse o complemento do outro.
A trama das árvores, de Richard Powers (Todavia, trad. de Carol Bensimon)

